HISTORIA DO AVIVAMENTO DA RUA AZUSA
Comemorou-se em todo o mundo o Centenário do Movimento
Pentecostal, iniciado em 1906 no interior de um armazém de cereais, na Rua
Azusa, Los Angeles, Califórnia. Tal movimento deu-se exatamente pelo zelo e
perseverança do pastor William Joseph Seymour, instrumento usado pelo Espírito
Santo para espalhar a chama pentecostal a diversas igrejas evangélicas daquela
cidade. Não demorou muito para que o fervor espiritual se expandisse até
Chicago e, depois, para South Bend, Indiana, cidade onde morava o Pr. Gunnar
Vingren. Este piedoso servo de Deus, influenciado pelas boas notícias de
renovação espiritual, dirigiu-se a Chicago e lá foi batizado com o Espírito
Santo em 1909.
A efusão do Espírito Santo sobre os crentes da Rua Azusa foi o
centro irradiador do avivamento que se espalhou por todo o mundo do nosso
tempo. Foi mediante a liderança do pastor Seymour que fiéis de diversos lugares
reuniram-se em um antigo galpão para buscar a presença de Deus e orar pela
conversão dos ímpios. O pastor Seymour não era pregador eloqüente, mas
anunciava a promessa pentecostal do batismo no Espírito Santo com a evidência
física inicial de falar noutras línguas. Depois, assentava-se no púlpito,
colocava o rosto entre as mãos e não parava de interceder, suplicando a Deus
que operasse no coração dos ouvintes. Enquanto orava, o poder de Deus
manifestava-se; os crentes eram batizados com o Espírito Santo; a convicção das
verdades divinas transbordava a alma, e um veemente desejo de viver em
santidade era experimentado por todos.
Antes de William Seymour chegar a Los Angeles em 1906, fora
evangelista no Mississipi e pastor da igreja da Santidade, na cidade de
Houston, Texas. Enquanto esteve no Mississipi conheceu diversas pessoas que
foram influenciadas pelo ministério de Charles Fox Parham (1873-1929), ministro
em Topeka, Kansas. Parham dirigia a Escola Bíblica Betel, quando às 19h do dia
1 de Janeiro de 1901, a senhora Agnes Ozman, recebeu o Batismo com o Espírito
Santo com a evidência física de falar em outras línguas conforme Atos 2.4.
Durante aquela reunião, Jesus batizou todos os presentes com o Espírito Santo,
inclusive o professor Parham. O avivamento em Topeka espalhou-se por todo o
país, de modo que, no Mississipi, Seymour foi profundamente influenciado pelos
testemunhos daqueles que experimentaram a renovação espiritual mediante o poder
pentecostal.
Antes de William Seymour chegar a Los Angeles em 1906, fora
evangelista no Mississipi e pastor da igreja da Santidade, na cidade de Houston,
Texas. Enquanto esteve no Mississipi conheceu diversas pessoas que foram
influenciadas pelo ministério de Charles Fox Parham (1873-1929), ministro em
Topeka, Kansas. Parham dirigia a Escola Bíblica Betel, quando às 19h do dia 1
de Janeiro de 1901, a senhora Agnes Ozman, recebeu o Batismo com o Espírito
Santo com a evidência física de falar em outras línguas conforme Atos 2.4.
Durante aquela reunião, Jesus batizou todos os presentes com o Espírito Santo,
inclusive o professor Parham. O avivamento em Topeka espalhou-se por todo o
país, de modo que, no Mississipi, Seymour foi profundamente influenciado pelos
testemunhos daqueles que experimentaram a renovação espiritual mediante o poder
pentecostal.
Entre aqueles que receberam o batismo com o Espírito Santo no
mesmo dia do Sr. Edward Lee, encontrava-se Jennie Moore, que algum tempo depois
casaria com Seymour. A Sra. Moore foi a primeira mulher a receber o batismo com
o Espírito Santo na cidade de Los Angeles, na casa dos irmãos Richard e Ruth
Asbery, na rua Bonnie Brae, 214. Na ocasião, começou a cantar noutras línguas e
a tocar piano sob o poder de Deus. Todos ficaram maravilhados (At 2.7), pois
sabiam que ela nunca havia estudado música. Segundo uma testemunha ocular, Emma
Cotton, aquele grupo orou durante três dias e três noites e as pessoas que
conseguiam entrar na casa dos Asbery, caíam sob o poder de Deus, enquanto
outras eram curadas e salvas por Jesus Cristo. O local ficou repleto de pessoas
a ponto do soalho ceder, mas ninguém ficou ferido. Durante aqueles três dias,
toda a cidade afluiu para observar o poder de Deus manifestado entre os seus
filhos.
Após o derramamento do Espírito Santo sobre os
irmãos na residência dos Asbery e, como muitos ainda continuavam a freqüentar
as orações, Seymour procurou um novo espaço para as reuniões. Encontrou na Rua
Azusa, 312, uma estrebaria de dois andares que, em seus primeiros dias, havia
sido um templo da igreja episcopal metodista africana. Em fins de abril, o
edifício estava limpo e organizado para acomodar cerca de 750 pessoas. Não
muitos dias depois, o mover do Espírito naquele lugar atraiu pessoas de todo
mundo. Em 18 de abril de 1906, o Daily Times, jornal de Los Angeles, publicou
uma reportagem de primeira página sobre o avivamento. Durante quase mil dias,
milhares de pessoas de todas as partes do globo visitaram a Rua Azusa e foram
profundamente tocadas pelo derramamento abrasador do Espírito Santo. Homens,
mulheres, crianças, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, ricos, pobres,
analfabetos e doutores — todos foram alcançados pela promessa pentecostal de
Atos 2.
O avivamento manifestado na Missão da Rua Azusa
ocorreu em uma época de profundo racismo e preconceito social. Em 1906, um
repórter, opositor do movimento, criticou severamente os eventos ocorridos. No
entanto, a crítica registrada no jornal local, serve-nos de provas contundentes
da efusão do Espírito e de seu poder transformador, capaz de quebrar qualquer
preconceito, seja social ou racial. Assim se expressava o jornalista: “(...)
vergonhosa mistura de raças (...) eles clamavam e faziam grande barulho o dia
inteiro e à noite adentro. Corriam, pulavam, tremiam todo o corpo, gritavam com
toda a sua voz, faziam rodas, tombavam sobre o assoalho coberto de serragem,
sacudindo-se, esperneando e rolando no chão (...) Eles afirmam estar cheios do
Espírito. Eles têm um caolho, analfabeto e negro como seu pregador que fica de
joelhos a maior parte do tempo (...) Não fala muito, mas, às vezes, pode ser
ouvido gritando ‘Arrependei-vos!’. Então, permanece na mesma atitude de oração
(...) Eles cantam repetidamente a mesma canção, ‘O Consolador Chegou’”.
Eembora muitos tenham se oposto ao movimento de
renovação espiritual da Rua Azusa, o poder do Espírito manifestava-se profusa e
poderosamente. O avivamento da Rua Azusa ainda hoje é considerado por muitos
historiadores da igreja e do movimento pentecostal, como o “avivamento que
acendeu a fogueira mundial do Pentecostes no século XX”. Entre os que estavam
presentes naquelas reuniões pentecostais, destaca-se a sra. Maria Woodworth
Etter. Procedente de um lar desajustado, aceitou a Jesus com a idade de 13
anos, e foi batizada com o Espírito Santo e com fogo enquanto pregava na Igreja
dos Discípulos. W. Etter, fundou duas igrejas; sua pregação inflamada fazia-se
acompanhar por milagres, curas, visões, profecias, línguas e libertações. Foi
poderosamente usada por Deus para demonstrar que o poder do Espírito está tão
atuante nos dias de hoje quanto na época dos apóstolos.
O avivamento da Rua Azusa foi a centelha que espalhou o
pentecostes por todas as regiões. A. C. Valdez, participante do movimento
pentecostal em Los Angeles, testemunhou que “muitas vezes ondas de glória
vinham sobre a sala de espera e o povo bradava em oração de gratidão ou
louvores quando recebia o batismo no Espírito Santo”. Segundo Valdez, era comum
o culto passar da meia-noite e entrar nas primeiras horas da manhã. Ali,
segundo as testemunhas oculares, dúzias de bengalas, ataduras, muletas e
cachimbos eram postos enfileirados juntos às paredes do galpão. Muitas pessoas
falavam em línguas, às vezes um santo silêncio vinha sobre o lugar, seguido por
um coro de oração em línguas desconhecidas pelos cristãos.
Gunnar Vingren,
pioneiro da obra pentecostal no Brasil, foi para Chicago em 1904, a fim de
estudar quatro anos de teologia no seminário sueco. Em maio de 1909, foi
diplomado e, no mês seguinte, assumiu o pastorado da Primeira Igreja Batista em
Menominee, Michigam. No verão desse mesmo ano, Deus o encheu de uma grande sede
de receber o batismo com o Espírito Santo e com fogo. Em novembro de 1909,
Vingren dirigiu-se até Chicago a fim de participar de uma conferência realizada
pela Igreja Batista Sueca. Foi com o firme propósito de buscar o batismo com o
Espírito Santo. Depois de cinco dias buscando o Senhor, Jesus o batizou com o
Espírito Santo e com fogo, falando em novas línguas conforme está escrito em
Atos 2. Assim se expressou Vingren em seu diário “É impossível descrever a
alegria que encheu o meu coração. Eternamente o louvarei, pois Ele me batizou
com o seu Espírito Santo e com fogo”.
Depois que Vingren recebeu o batismo com o Espírito Santo na conferência
em Chicago, retornou para a igreja da qual era pastor em Menominee, Michigan.
Vingren começou a pregar a verdade pentecostal de que Jesus batiza com o
Espírito Santo e com fogo. Alguns creram, outros duvidaram, mas alguns não
desejaram aceitar a mensagem. O grupo que recusou a pregação, obrigou ao jovem
pastor a deixar a congregação. Deixando-a, Gunnar dirigiu-se a igreja em South
Bend, Indiana. Nessa igreja todos receberam a verdade e creram nela. Na
primeira semana Jesus batizou dez pessoas com o Espírito Santo e com fogo e,
naquele verão, vinte. Assim, afirma Vingren “Deus transformou a igreja batista
de South Bend, em uma igreja pentecostal”.
Daniel Berg, pioneiro da
obra pentecostal no Brasil, nasceu no dia 19 de abril de 1884, na cidade de
Vargon, na Suécia. Em 1899, converteu-se na Igreja Batista sueca e foi batizado
nas águas. Em 25 de março de 1902, Berg desembarcou em Boston a procura de
novas oportunidades de emprego. Quando estava em Boston soube que um de seus
amigos de infância, L. Pethrus, recebera o batismo com o Espírito Santo. A
convite de sua mãe, Berg viajou até a Suécia para encontrar-se com Pethrus.
Depois do encontro, ao regressar aos Estados Unidos, em 1909, Daniel Berg orou
insistentemente a Deus pedindo o batismo com o Espírito Santo. Antes de chegar
ao seu destino, Deus ouviu a oração batizando-o com o Espírito Santo.
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